Em 1980, o estado registrava 48 mortes a cada mil nascidos vivos. A redução da taxa criou esperanças em mães com gravidez difíceis, como a da advogada Luciana Merçon. Ela teve pré-eclampsia e, por isso, o filho dela Francisco nasceu com seis meses de gestação.
A mortalidade infantil é contada do nascimento até o primeiro aniversário de vida. Antigamente, as causas das mortes eram doenças simples como diarreia e desidratação.
Atualmente, as mortes são na maioria por doenças graves, como câncer ou acidentes, o que indica uma melhora na qualidade da assistência à criança.
O bebê Francisco faz fisioterapia uma vez por semana em uma clínica especializada no atendimento a crianças prematuras. Esse acompanhamento é fundamental para o desenvolvimento dele, segundo os médicos.
“É importante a gente detectar precocemente qualquer tipo de alteração, intervir, orientar a família, direcionar e estimular o máximo possível, para que a idade dele fique junto o mais perto possível do desenvolvimento motor da idade de outras crianças iguais a dele”, disse a fisioterapeuta, Bruna Salles.
dona de casa Mariana Araújo, mãe da pequena Valentina também comemora os avanços que salvaram a filha.
“Começou na Utin, mamando 2 mls na seringa, depois foi na sonda, e
chegando em casa ela mamava 30 mls. Depois foi passando para 40, 50, 60,
e hoje ela está mamando 120 mls. É uma vitória. A gente fica muito
feliz”, disse a mãe da pequena.Para especialistas da área da saúde o maior acesso a informação e ao conhecimento ajudaram nessa redução na mortalidade infantil. O médico doutor em pediatria Valmin Ramos da Silva acredita que essa taxa ainda pode ser menor.
“A gente vê, no noticiário do dia a dia, crianças que vão ao médico e voltam sem ter acesso, sem ter atendimento. A gente ainda vê crianças vivendo em condições muito ruins dentro do próprio estado, e isso é algo que precisa ser questionado e repensado”, disse o especialista.

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