GIRO EM SÃO MATEUS

terça-feira, 4 de agosto de 2015

MP denuncia ex-comandante de Operações Especiais da PM do Rio

               MP denunciou ex-oficial da PM nesta terça-feira 
  O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) ofereceu denúncia nesta terça-feira contra o ex-comandante do Comando de Operações Especiais da Polícia Militar do Rio de Janeiro (COE), Alexandre Fontenelle, pelo crime de lavagem de dinheiro. Maria Mércia Fontenelle de Oliveira e Maria Paula Fontenelle de Oliveira, respectivamente mãe e irmã do coronel Fontenelle, também foram denunciadas pelo MP. Além disso, o MP realiza operação nesta manhã para cumprir dez mandados de busca e apreensão em vários pontos do Rio. A Corregedoria da Polícia Militar dá apoio à ação, que, nesta nova fase, recebeu o nome de Operação Profilaxia.
Também foi oferecida denúncia contra o ex-subcomandante do 14º BPM (Bangu), major Carlos Alexandre de Jesus Lucas; o ex-chefe da P2 do 14º BPM, capitão Walter Colchone Netto; o ex-coordenador operacional do 14º BPM, major Edson Alexandre Pinto de Góes. Todos são acusados pelo crime de lavagem de dinheiro.
De acordo com a denúncia, o coronel Fontenelle é o real proprietário de dois apartamentos registrados em nomes de terceiros e de uma casa em área nobre de Búzios, na Região dos Lagos. O primeiro apartamento, localizado no Grajaú, foi registrado no nome da irmã, Maria Paula, com 200 metros quadrados, avaliado em R$ 995 mil; o segundo, uma cobertura em Jacarepaguá, registrado nos nomes da mãe, do major Lucas e do capitão Colchone, no valor de R$ 750 mil, tem 300 metros quadrados. As escrituras dos dois apartamentos foram feitas na mesma data, à época em que os oficiais atuavam no 14° BPM (Bangu). Além dos dois imóveis, Fontenelle também adquiriu no mesmo período um veículo Toyota Corolla.
No decorrer das investigações, R$ 287,6 mil em espécie foram apreendidos na residência do major Edson. O dinheiro estava escondido em sacos plásticos, em maços de R$ 5 mil, e no interior de um armário. Também foram encontrados 400 euros, joias em ouro e um bilhete manuscrito, que demonstrava uma divisão de quantias em dinheiro entre coronel Alexandre, major Edson e capitão Colchone.
Ainda segundo a denúncia, Fontenelle incorreu no crime de lavagem de dinheiro três vezes e pode pegar pena de reclusão entre três e dez anos, por cada incidência, mais multa. Também foram encaminhadas cópias dos autos para a Promotoria de Justiça de Tutela Coletiva, para que se apure crime de improbidade administrativa por incompatibilidade patrimonial.

Nenhum comentário:

Postar um comentário